Redes sociais e memória: veja o impacto dessa relação no cérebro

Hoje em dia, conversar com as pessoas nas Redes Sociais já faz parte da rotina cotidiana de cada um. Seja para trabalho, lazer ou trivialidades, como comunicar ao mundo que você está curtindo um delicioso açaí na tigela, o endereço de encontro da galera é a internet. O curioso é que muitas dessas interações acontecem sem que as pessoas tenham se conhecido pessoalmente.

É importante saber que interações, sejam elas pessoais ou virtuais, deixam marcas na memória. Por isso, quero propor uma reflexão: afinal de contas, passar muitas horas nas redes sociais, faz bem para o cérebro?

Vamos investigar?

Quais são os pontos positivos da relação entre redes sociais e memória?

Se tantas pessoas estão fazendo uso das redes sociais é porque algo positivo elas possuem, certo? Isso é verdade! As redes sociais e a internet têm um impacto positivo sobre nossa memória e nosso cérebro.

O prazer que as pessoas sentem ao estarem conectadas com outras e compartilhando experiências podem estimular o organismo a liberar dopamina, uma substância neurotransmissora que causa sensação de bem-estar.

Durante o uso das redes sociais, o cérebro mantém a região que libera dopamina em um estado muito ativo. É por isso que as pessoas se divertem e dizem que relaxam quando estão conectadas. Elas realmente se sentem felizes.

E um fato curioso é que esse efeito é potencializado quando o tema debatido somos nós mesmos. Ao falarmos de nossas experiências, gostos, preferências e rotina, sentimos ainda mais prazer no uso da rede social. E quando o feedback das demais pessoas sobre o assunto que postamos é positivo, essa situação tem um forte impacto para nossa autoestima. Mas onde a memória entra nessa história?

As redes sociais podem ser uma boa opção para quem deseja estimular a memorização. Isso porque, ao falarmos sobre situações que acontecem conosco, ou então quando debatemos algum tema, nosso cérebro assimila melhor esse conteúdo e tem mais facilidade para recordá-lo.

De um passeio que postamos na internet, por exemplo, conseguimos nos lembrar dos detalhes, porque as pessoas vão comentar e perguntar como foi, o que houve por lá, como era o lugar. Tudo isso fará com que precisemos acessar essas informações em nossa mente, e esse é o estímulo para a memória.

A espera pela aprovação e comentário dos amigos também nos ajuda a manter o tema ativo em nossa memória de trabalho. Nos lembramos daquilo que postamos e isso estimula a boa memória, a recordação.

Outro ponto positivo para a relação entre redes sociais e memória é quando temas antigos são recordados, como quando alguém curte uma foto postada há alguns meses, quando um amigo posta aquele vídeo da festa de quinze anos onde você usava aquela calça acima do umbigo ou quando são feitas retrospectivas, como aquelas que o Facebook costuma criar.

Ao retomar esses temas, relembrar momentos, fotografias, comentários, entre outros, nosso cérebro é estimulado a buscar em seus registros aquele fato. Esse é um excelente exercício para nossa mente!

Porém, é preciso ter consciência de que, para que as redes sociais tenham um efeito positivo sobre nosso cérebro, é essencial utilizá-las com moderação. Porque também podem ter um efeito negativo quando não colocamos limites nesse uso.

[inf_infusionsoft_inline optin_id=optin_1]

E os pontos negativos?

Estar sempre de olho nas redes sociais é um vício que muitas pessoas já possuem. E não estamos falando em linguagem figurativa, mas, sim, literal. O uso excessivo das redes sociais impacta o cérebro assim como algumas substâncias nocivas.

As pessoas que não conseguem ficar desconectadas da internet e das redes sociais apresentam um vício psicológico, sendo essa a diferença para vícios como drogas, álcool ou tabaco. No entanto, a forma como o cérebro é estimulado é a mesma.

Nas pessoas que apresentam esse tipo de vício psicológico, o cérebro é estimulado intensamente nas mesmas regiões de uma pessoa viciada em drogas, como a cocaína. As áreas afetadas são aquelas responsáveis por controlar a atenção, as emoções e as tomadas de decisão.

E como já havíamos falado, o cérebro libera, também, a dopamina, e essa sensação de satisfação e prazer sem esforço é viciante para ele. Isso faz com que tenhamos vontade de entrar novamente nas redes sociais para nos sentirmos satisfeitos.

Como abordei em meu sétimo livro, O Cérebro com Foco e Disciplina (Editora Gente, 2014) o efeito desse retorno constante para visualizar postagens, comentários e curtidas assemelha-se a pequenas doses de droga ingeridas. Assim, cada vez que voltamos a usar a rede social, nosso cérebro é estimulado a reduzir o tempo de espera para entrar uma vez mais. Ou seja, o intervalo de tempo entre cada acesso reduz gradativamente.

Já sobre o tema redes sociais e memória, elas podem interferir tanto positiva quanto negativamente. Isso porque nosso cérebro recebe uma sobrecarga de informações e, com isso, não se concentra em nada.

Quando estamos observando muitas coisas de uma só vez, mudando de tema com frequência e rapidez, tentando acompanhar cada novo assunto, nossa atenção é afetada. Isso tudo prejudica a memória de curto e de longo prazo, afinal, oferecemos para o cérebro muitos dados e não lhe damos tempo para assimilar as informações.

Esse excesso faz com que ele também se torne menos seletivo. Isto é, o cérebro perde sua capacidade de priorizar dados importantes para registrá-los e descartar aqueles que não têm importância de fato.

Assim, a relação entre redes sociais e memória é negativa quando permitimos que se torne um vício. E os impactos negativos desse abuso também refletem em nosso estado psicológico.

Como as redes sociais afetam o nosso psicológico?

Um dos temas mais tratados nas redes sociais somos nós mesmos. Note que as pessoas adoram falar sobre si, o que fizeram, aonde foram, o que compraram, enfim, o assunto gira em torno do “eu”. Dessa forma, as redes sociais podem estimular as pessoas a terem um comportamento egoísta e também narcisista.

O ponto negativo é que deixamos de sentir empatia e nos preocupamos apenas com nossa própria satisfação. E quando percebemos que o outro pode ter alcançado algo maior do que nós, também são estimulados sentimentos como a raiva, o ciúme e a inveja.

E o impacto ainda se torna mais negativo para o estado psicológico quando esperamos obter um retorno positivo daquilo que postamos, mas ninguém comenta ou recebemos críticas e desaprovações.

Nem todos sabem lidar com essa resposta negativa, o que pode causar depressão, baixa autoestima e ansiedade graças à espera por alguém que nos dê aquilo que desejamos: aprovação e reconhecimento.

E a ansiedade causada pelas redes sociais vai mais além, pois está gerando uma nova condição psicológica, denominada Síndrome da Vibração Fantasma. Ela acontece quando recebemos uma notificação de mensagem e acreditamos que alguma coisa importante pode ter acontecido. É um estado de alerta para o cérebro.

Como usar as redes sociais a nosso favor?

Com tudo isso, entendemos que redes sociais e memória podem se relacionar muito bem. No entanto, o segredo para usufruir dos seus impactos positivos na memória é o bom senso.

As redes sociais podem nos favorecer, potencializando nossa memória e fortalecendo nossa estrutura mental. Então, aproveite esse recurso para estimular seu cérebro a registrar novas informações. Aprenda a guiar seu comportamento para que redes sociais e memória se complementem harmoniosamente.

Não importa a idade, temos sempre potencial para aprender, e podemos manter nossa mente jovem, forte e saudável. Leia este artigo e descubra como isso é possível!


Acesse abaixo a versão em audio deste post e faça o download para escutar as dicas do professor Renato Alves sempre que desejar.

Ps.1: Você sente dificuldade de memorizar e se lembrar de coisas do dia a dia? Gostaria de convidar você a conhecer o meu curso Memória Blindada.

Há mais de 20 anos ensino este método de memorização, que já está presente em mais de 100 países e tem 97% de avaliação positiva. Dê uma olhadinha nos depoimentos dos nossos alunos:

» Clique Aqui e assista alguns depoimentos de alunos do curso «

Nas videoaulas eu explico de maneira bem objetiva, todas as estratégias que utilizo para não esquecer de nada e me ajudaram a ganhar o título de melhor memória do Brasil.

Acredito tanto na eficiência do método que se em 7 dias você  não notar melhoras no seu nível de memorização, eu assumirei total responsabilidade e devolverei 100% do seu investimento. O que você acha?

Clique aqui e saiba mais sobre o treinamento!

Viva bem. Lembre bem.

Até a próxima.

Renato Alves é escritor, pesquisador e primeiro brasileiro a receber o título oficial de melhor memória do Brasil. Autor de um método patenteado de memorização que ganhou reconhecimento nacional e já está presente em mais de 100 países.

Ps.2: Quer ter acesso à outras informações? Curta e siga a minha fanpage no Facebook e também inscreva-se no meu canal no Youtube.

17 Comentários


    1. Olá Marcos, que ótimo que tenha gostado, obrigado, compartilhe com seus filhos ou filhos de amigos.
      Abraço

      Responder

  1. Muito obrigado pelas dicas, isso vai me ajudar bastando a manter o foco nos estudo e deixa mais de lado as redes sociais, até a minha sonhada aprovação.

    Responder

  2. Sempre que estou estudando para o vestibular o celular avisa a chagada de uma mensagem, quando vou perceber estou a horas olhando o face e esqueci que estou estudante, como controlar o meu tempo de estudo, manter o foto ?

    Responder

  3. Não tenho FaceBook nem WhatZap. Devo ser de outro Planeta…
    Mas não sinto falta.
    Atualmente estou entrando na fase “slow down” por incrível que possa parecer, pois sempre fui muito acelerado.
    Gostei de ler a respeito deste artigo.
    Obrigado.

    Responder

  4. Gostei muito desse artigo, ele me auxiliou para minha vida nas redes sociais.

    Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.