Se você pudesse escolher vir ao mundo com memória ou inteligência, optaria pela segunda? Acontece que, sem a primeira, a inteligência não se manifesta como gostaria. A dica é deixe a sua memória tinindo.
É hora de você valorizar a memória! E o pesquisador Renato Alves é um defensor dela: “Memorizar não é o mesmo que decoreba, a falta de uma boa memória é um dos principais fatores responsáveis por tantos candidatos irem mal no Enem, em concursos ou vestibulares”.
Num de meus cursos, faço o aluno memorizar a tabela periódica em meia hora. E sabê-la na ponta da língua facilitará compreender as aulas de Química e ter motivação para estudar”.
Seu filho se lembra do último texto que leu, da matéria que estudou ou do nome da pessoa que conheceu pela manhã? Pois é, às vezes ele gasta uma energia enorme, fica horas debruçado sobre os livros para, no final, não se lembrar de nada.
Eu também era um cara esquecido, mas hoje detenho o título de Melhor Memória do Brasil, criei um método patenteado de memorização e já escrevi sete livros, como Os 10 hábitos da Memorização, Faça o Cérebro Trabalhar Para Você e O Cérebro Com Foco e Disciplina (todos pela Editora Gente).
A memória não é um local nem um computador (que tem capacidade limitada de espaço), segundo Renato:
“É uma função, de capacidade infinita, bastando ter um planejamento. E pensar nisso torna mais positiva a relação das pessoas com a quantidade de informação que receberão na vida.
A criança, por estar numa fase de descobertas, viver o presente e entregar-se às experiências, vê um filme e depois reproduz em detalhes. As preocupações e os maus hábitos vão chegando e tornando a coisa lenta ou falha. Mas, quanto mais a memória é exercitada, mais ela melhora. O segredo é deixar a memória tinindo”.
Salve a imaginação, uma maneira fácil de deixar a memória tinindo
“Quando estimulamos as crianças a imaginarem – com brincadeiras em que elas trazem a riqueza de suas fantasias nos primeiros sete anos – contribuímos para que tenham boa memória quando chegarem à época escolar em que ela é mais acessada, a partir dos 7 anos”, explica Carolina De Cicco, pedagoga, terapeuta antroposófica pelo círculo médico do Goetheanum na Suíça, proprietária e professora do jardim de infância Waldorf Quintal do Sol.
Para dar uma noção do que é a pedagogia Waldorf, a educadora conta que ela leva em conta brincadeiras com triciclos no parque da escola e desde que a criança já tenha descoberto que, até a invenção do trem, no Brasil Imperial, só se viajava de carruagem.
Brincar, comer e dormir um dos segredos para que as crianças fiquem com a memória tinindo
Como existem vários tipos de memória, Paula e Patrícia Ribeiro Barbato, sócias da Escola Pecompê Educação Infantil, valorizam o clássico jogo da memória, mas utilizando-se os cinco sentidos: visual (localizar figuras semelhantes), auditiva (reconhecer sons diferentes), tátil (com os olhos vendados, perceber texturas), gustativa (discriminar sabores) e, por fim, olfativa (diferenciar odores).
“Além disso, qualquer atividade que favoreça a aprendizagem pode ser um exercício para memória”, reforça Andrea Yamazawa, psicóloga da Pecompê.
A dieta também traz nutrientes necessários ao bom desenvolvimento cognitivo e físico dos pequenos. “Um ótimo alimento para memória é o peixe”, destaca Paula. Convém lembrar ainda que estudos apontam o sono como grande aliado do desenvolvimento infantil.
É quando ocorre a consolidação da memória. A falta de sono dificulta a atenção, habilidade intimamente associada ao aprendizado e à absorção das experiências. Aliás, sendo o cérebro um sistema complexo, alimentado por inúmeras vias, qualquer ato negligente (seja emocional, seja nutritivo ou de estimulação cognitiva) pode prejudicar a memória.
Além da escola, os pais contribuem com a saúde emocional e cognitiva de seus filhos proporcionando brincadeiras que usem a imaginação, contando histórias, andando de bicicleta.
“Quanto mais amplo for o cabedal de experiências, maior é a estimulação das múltiplas habilidades e a compensação das dificuldades que cada criança pode apresentar”, diz a psicóloga escolar.
O cérebro infantil hoje, a chave para que todos tenham uma memória tinindo
“É importante que os educadores lancem mão das pesquisas recentes sobre comportamento e, especialmente, neurociência para reorganizarem os processos educacionais. E, assim, compreenderem como o cérebro dos alunos funciona hoje”, acrescenta Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare, que, junto com o Instituto Natura e a Fundação Telefônica Vivo, lançou a plataforma gratuita Escola Digital.
Para facilitar o acesso a materiais educativos de base tecnológica inovadora capazes de enriquecer e dinamizar o aprendizado e consecutivamente deixar a memória tinindo. “A aula expositiva tinha 45, 50 minutos porque pesquisas da época identificavam ser esse o tempo máximo de concentração.
Novos estudos mostram que isso caiu para uma média de seis minutos. Estudiosos da universidade americana MIT (Massachusetts Institute of Technology), inclusive, colocaram sensores num adolescente por uma semana. Daí, perceberam que, quando era exposto à televisão, sua atividade cerebral era pouquinha quase um traço, só comparada a outra situação: numa aula expositiva.
Um estudo de laboratório indicou, diferentes características dos alunos segundo sua idade aproximada ao abordar cada assunto: “Trata-se de uma pedagogia holística, em um dos mais amplos sentidos, pois abrange o desabrochar progressivo destas três constituintes da organização do ser humano: física, anímica e espiritual”.
Na avaliação de Carolina, as crianças começam a vida sem memória. Até que se ocupam de três tarefas essenciais: aprendem a andar, a falar e a pensar. “Até 3 anos, precisam de objetos exteriores para apoiar sua memória, como móveis da casa. Depois dos 4, têm que encontrar conexões com seu mundo interior.
A memória, então, se baseia em sua alma, com os sentimentos e humores despertados pelo que elas presenciam”, compara a expert na pedagogia Waldorf, lembrando que essa é a fase das rimas e dos poemas, dos quais os pequenos nunca se cansam e que lançam a base para o tipo de memória baseado em sentimentos ao longo da vida.
Por volta dos 7 anos, as crianças são capazes de formar imagens de experiências do passado, um tipo de memória personalizado necessário no início da escolarização, segundo Carolina, quando muitos conteúdos exigirão pensamentos abstratos:
“Nessa terceira fase, as escolas Waldorf trabalham o currículo por épocas. Por exemplo, a época de Matemática acontece por quatro semanas, quando o assunto será apenas esse. Daí, um breve intervalo ocorre, quando esquecemos da Matemática e iniciamos outra época.
Num segundo momento, a época de Matemática será retomada, e a imagem adquirida quando foi estudada retornará com novos significados, agregados às experiências interiores que cada criança elaborou em seu mundo interno durante esse período de esquecimento”, detalha Carolina, mostrando que tão importante e saudável quanto a memória é o esquecimento para uma vida rica em experiências.
Experiências e conexões a essência das pessoas que têm a memória tinindo
“Em nenhuma outra fase da vida um ser humano aprende tanto quanto de 0 a 6 anos. Um bom trabalho de Educação Infantil, portanto, estimula o desenvolvimento harmônico de todas as dimensões da criança: a socioafetiva, a motora e a cognitiva, incluindo a linguagem”, destaca Vailde Bragança de Almeida, pedagoga, mestre em Educação e psicóloga da Escola de Educação Infantil Primeiros Passos.
“Sobre o aspecto cognitivo, damos ênfase àquilo que os neurologistas chamam de construção de sinapses. Quanto mais experiências e estímulos, mais conexões são feitas entre os neurônios numa arquitetura do cérebro e da inteligência.
Com jogos, brincadeiras, histórias, desafios, dramatizações, danças e cantigas, o vocabulário é ampliado, conceitos matemáticos básicos são dominados, valores éticos são aprendidos, além de regras sociais, as belezas da natureza e noções estéticas da arte”, continua ela, que encara a memória como parte desse desenvolvimento cognitivo.
Um programa de educação Infantil rico, bem elaborado e construído ao longo dos anos da infância, fornece o substrato para que aprendizagens posteriores sejam bem-sucedidas. “Pois memorizar é como colocar uma peça no quebra-cabeça a que a criança pertence.
Ao obter uma nova informação, se já existir um quadro referencial a que ela pertença, a informação ganha significado e tende a permanecer. Principalmente se for usada em variadas situações”, orienta Vailde.
Aprender, por exemplo, que as pessoas do século 19 se assustaram quando andaram pela primeira vez de trem, porque ele alcançava a marca de 25 km por hora, fará sentido se o conceito de velocidade já houver se instalado desde os projetos, esse índice subia bastante. Isso sinaliza que precisamos lançar mão de outras técnicas (como games educativos) para que o aprendizado dê resultado – inclusive para o que chamo de memória positiva.
Vivenciar é mais facilmente incorporado ao conhecimento, estimulante e desafiadora”, explica Anna, que tem especialização em liderança para impacto social e trabalha com educação há 25 anos. “É importante ter uma memória ativa, mais ligada a prestar atenção ao que acontece, absorver o que interessa e dar sentido, fazendo conexões próprias.
Vivenciar é uma maneira lúdica, de o aluno aprender a aprender – habilidade útil pela vida inteira. Mas a gente também sabe que informação virou commodity: está fartamente disponível na web. E muitas vezes o aluno não se interessa pelo que é falado na sala de aula por saber que depois vai achar isso no smartphone.
O professor precisa ser um curador, ajudando a identificar as melhores e confiáveis fontes de informação, para que, em caso de esquecimento, sua turma saiba onde e como procurar”, finaliza Anna Penido, convidando a ver vários jogos da memória da Escola Digital no link https://goo.gl/ayHeLs.
Você deseja ter a memória tinindo? observe o antes e depois das aulas
Renato Alves concorda que a avalanche de informações com as quais se lida hoje pode sobrecarregar a capacidade de análise e processamento de estudantes e adultos, e isso gera um cansaço mental que afeta a memória, logo podemos afirmar que hoje é mais difícil deixar a memória tinindo.
O recordista de memória no Brasil sugere uma porção de dicas para o processo cognitivo em seu blog, baseadas em seu livro Não Pergunte Se Ele Estudou (Humano Editora).
Veja três, adotadas por alunos nota 10, esses alunos sabem deixar a memória tinindo:
- Ler antes da aula o conteúdo que será abordado, mesmo sem a compreensão necessária, potencializa a aprendizagem. “Caberá ao professor desenvolver o assunto, facilitar o entendimento e a conexão definitiva na memória desse aluno”, fala Renato.
- Na volta para casa, fazer uma breve revisão do conteúdo ensinado no dia ajuda a consolidá-lo na memória. Para cada hora de aula compreendida bastam cinco minutos de revisão.
- Explique a si mesmo, em voz alta, como se fosse um professor, aquilo que acabou de estudar.
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Um abraço
Renato Alves é escritor, pesquisador e primeiro brasileiro a receber o título oficial de melhor memória do Brasil. Autor de um método patenteado de memorização que ganhou reconhecimento nacional e já está presente em mais de 100 países.
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