Como Aprender Qualquer Coisa com a Técnica Feynman: Conheça esses 5 Passos

Aprender sempre foi uma paixão minha. Mas não aprender de forma superficial, com aquela sensação de que o conteúdo escapa da memória tão rápido quanto entrou. Estou falando de um aprendizado profundo, real, duradouro. Aquele que transforma a informação em conhecimento e o conhecimento em sabedoria. E foi buscando esse tipo de aprendizado que conheci a Técnica Feynman.

Sim, essa mesma, criada por Richard Feynman, um dos cientistas mais brilhantes do século XX. E o mais interessante: apesar de toda a genialidade, Feynman acreditava que a inteligência se manifesta quando conseguimos explicar algo complexo de forma simples. Essa filosofia ecoa muito com o que ensino há mais de duas décadas.

Hoje, quero te mostrar como aplicar essa técnica em cinco passos práticos, com exemplos reais, reflexões pessoais e experiências vividas em sala de aula com milhares de alunos.

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1. Escolha o que você quer aprender

Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas começam a estudar sem clareza do que realmente querem compreender. A primeira coisa que ensino é: tenha foco. Não estude “história”. Estude “as causas da Segunda Guerra Mundial”. Não estude “matemática”. Estude “como resolver uma equação do segundo grau”.

Quando você define com precisão o que quer aprender, você já deu o primeiro passo rumo à memória de longo prazo. Esse foco é essencial para quem está começando a estudar para concursos, por exemplo.

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2. Explique com palavras simples

Essa parte é incrível. Escreva ou fale como se estivesse explicando para uma criança de oito anos. Aqui é onde você descobre se entendeu ou apenas decorou.

Eu mesmo faço isso sempre. Quando preparo um novo curso ou palestra, antes de qualquer coisa, explico o conteúdo em voz alta, usando analogias do cotidiano. Se eu gaguejar ou sentir que a explicação ficou confusa, é porque não dominei ainda.

Um dos meus alunos disse: “Renato, quando comecei a explicar o que estudei como se fosse para minha sobrinha, percebi onde estavam os buracos do meu conhecimento”. E é exatamente esse o objetivo.

3. Volte ao material original e preencha as lacunas

Esse passo é fundamental. Ao perceber os pontos que você não conseguiu explicar bem, é hora de voltar às fontes: livros, apostilas, vídeos, aulas.

Eu chamo isso de “estudo ativo“. Em vez de ficar relendo o mesmo trecho dez vezes, você estuda com um objetivo claro: preencher as lacunas que identificou na etapa anterior.

O ganho aqui é imenso. Porque agora seu cérebro está motivado por um desafio real e pessoal: entender aquilo que você sabe que não entendeu.

4. Organize, simplifique e revise

Agora que você entendeu de verdade, organize sua explicação. Pode ser num mapa mental, num resumo, numa sequência de slides ou até numa gravação de voz.

Nesse ponto, muitos dos meus alunos relatam: “Renato, é como se eu tivesse escrito um mini-livro sobre o assunto”. E é isso mesmo. Quando você organiza com suas próprias palavras, o conhecimento deixa de ser algo externo e passa a fazer parte de quem você é.

Além disso, organizar conteúdos ajuda a fortalecer a memória e ampliar sua capacidade de concentração.

5. Use analogias e ensine para outra pessoa

Richard Feynman era mestre em criar analogias. Eu aprendi com ele que, quando você compara um conceito complexo com algo simples e do cotidiano, o entendimento se multiplica.

Já vi alunos explicarem “como funciona um neurônio” comparando com pessoas passando bilhetes numa sala. E funciona! Ensinar para outra pessoa é o teste final. Se você consegue fazer isso de forma clara e fluida, parabéns: você aprendeu de verdade.

E não se esqueça: o ato de ensinar também estimula áreas do cérebro ligadas à linguagem, criatividade e retenção — assim como a leitura frequente e o contato com conteúdos bem estruturados.

Minha experiência com a técnica Feynman

Como primeiro recordista brasileiro de memória, sempre busquei métodos que me ajudassem a não apenas memorizar, mas compreender. A técnica Feynman foi um divisor de águas nesse processo.

Adotei essa metodologia nos meus treinamentos e os resultados são visíveis: mais clareza, mais segurança ao falar, mais retenção a longo prazo. Porque no fim das contas, o verdadeiro aprendizado é aquele que você consegue transmitir.

E para isso, você precisa também evitar a procrastinação e ter um ambiente de estudo disciplinado.

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Perguntas Frequentes (FAQs)

1. Essa técnica funciona para qualquer tipo de conteúdo?

Sim. Já a utilizei para estudar filosofia, física, administração, idiomas… Basta adaptar a linguagem e os exemplos. O importante é manter a simplicidade na explicação.

2. Renato, e se eu tiver dificuldade de concentração?

Essa técnica é, inclusive, excelente para melhorar o foco. Ao transformar o estudo em explicação ativa, você naturalmente se envolve mais e elimina distrações.

3. Quanto tempo por dia devo dedicar?

Não existe uma fórmula fixa. Já vi alunos evoluírem com 30 minutos por dia. O essencial é a constância e a aplicação correta dos cinco passos.

4. Posso usar para ensinar outras pessoas?

Sim, e isso potencializa seu aprendizado. Quando você ensina, você fixa. Já dizia o provérbio: “quem ensina, aprende duas vezes”.

5. Como saber se minha explicação está simples o suficiente?

Teste com uma criança, com um amigo leigo no assunto ou até consigo mesmo, em voz alta. Se estiver claro, você está no caminho certo.

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