É grande a pressão sofrida pelo sistema emocional nos meses de janeiro, fevereiro e março, nesse contexto, tudo isso naturalmente sobrecarrega a memória humana, de nós pobres mortais. É nesta época que algumas pessoas apresentam sintomas como brancos na memória, dificuldade de foco e concentração.
Com o término do descanso de final de ano chega a hora do trabalho. O pacote de janeiro inclui as metas desafiadoras que elaboramos como arrumar um bom emprego, comprar um imóvel, abrir um negócio, passar num concurso, fazer uma viagem ao exterior e de bônus as contas do final do ano, os impostos, a matrícula dos filhos, à volta as aulas, enfim, atividades que passam a consumir demasiada energia mental sobrecarregando os mecanismos de memória e concentração.
Pense na quantidade de coisas que você precisa administrar com um único cérebro:
1. Esfera Pessoal
2. Profissional
3. Acadêmica
4. Financeira
5. Familiar
6. Afetiva
7. Religiosa
8. Sexual
9. Social
10. Esportiva
11. Musical (músicas internas tocando ininterruptamente)
12. Televisiva (acompanhar capítulos de séries televisivas)
13. Redes sociais (Administrar Facebook, Orkut, Twitter, Fazendinha).
14. Lazer
Segundo a neurociência, o volume de informações que o cérebro humano processa diariamente ultrapassa dois milhões. Quem não se prepara para lidar com esta montanha de dados sente a mente girar como um liquidificador que mistura pensamentos e produz confusão.
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Acordar pensando no trabalho. Trabalhar pensando na família. Com a família pensar na religião. Na igreja pensar no namoro. Namorando, pensar nos estudos. Enfim, com um desequilíbrio na administração dos pensamentos a paralisia e a baixa produtividade não tardam aparecer.
Eu aprendi que início de ano é época boa para silenciar a mente. Albert Einstein dizia que “não podemos resolver os problemas com o mesmo nível de consciência que os criou”. Então notei que era preciso respirar fundo e esvaziar a mente.
Que devemos refletir ao invés de reagir, pensar antes de responder, aprender a dizer não a certos convites que a vida nos faz. Buscar a paz mental para que os solos da memória possam receber boas sementes, que bem cultivadas darão bons frutos. Os frutos dos nossos sonhos!
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Renato Alves é escritor, pesquisador e primeiro brasileiro a receber o título oficial de melhor memória do Brasil. Autor de um método patenteado de memorização que ganhou reconhecimento nacional e já está presente em mais de 100 países.
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