Você estava dirigindo seu carro quando aconteceu pela primeira vez. O rádio tocava uma música que você adorava ouvir quando era mais jovem. Reconheceu no primeiro acorde, mas… qual é mesmo o nome da cantora?
Era uma loira, bem bonita, meio polêmica, figurinha carimbada nos noticiários da época. Está na ponta da língua… mas não vem.
Putz, qual era mesmo o nome?
Eu lhe pergunto, amigo leitor: você já passou por uma situação assim?
Se você ainda não lembrou o nome da cantora, siga até o fim deste artigo. Além de matar sua curiosidade, quero lhe apresentar os tratamentos mais modernos contra o Alzheimer e revelar também as melhores práticas para preservar a memória, seja sua ou de pessoas queridas.

A memória humana está sob pressão
Recentemente, atuei como orador no I Congresso Internacional de Geriatria e Saúde Mental, na cidade de Mealhada, em Portugal. Mais de 20 especialistas abordaram como preservar a saúde mental, minimizar os efeitos do envelhecimento e tratar a perda de memória e o Alzheimer.
Um dado me chamou a atenção: o medo de perder a memória está entre os cinco maiores receios da população.
O esquecimento tornou-se tão comum que ganhou até um apelido popular: “Você foi pego pelo Alemão!” Em referência a Alois Alzheimer, o médico que identificou a doença em 1906.
Mas é importante lembrar: nem todo esquecimento é Alzheimer. Vamos entender as diferenças.
Alzheimer ou envelhecimento cognitivo?
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica que atinge cerca de 10% dos idosos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Já o envelhecimento cognitivo é um processo natural, sem necessariamente afetar a funcionalidade.
Existe um teste chamado QRDS (Quick Dementia Rating System), desenvolvido pelo neurologista James E. Galvin, que ajuda a diferenciar os quadros. Ele está publicado com exclusividade no meu livro “Os Segredos para ter Memória Forte e Cérebro Sempre Jovem”.
Entender essa diferença é essencial para buscar o tratamento adequado no momento certo.
Os estágios do Alzheimer
Estágio inicial: confusão leve, esquecimentos recentes, mas sem comprometer o dia a dia.
Estágio médio: prejuízo no raciocínio e linguagem. O paciente pode não reconhecer familiares. Pode haver irritabilidade e necessidade de supervisão constante.
Estágio avançado: dependência total para atividades básicas. Degeneração motora, perda da comunicação e necessário cuidado hospitalar.
Avanços reais no tratamento do Alzheimer
1. Donanemabe (Kisunla)
Recém-aprovado pela Anvisa, atua diretamente nas placas de beta-amiloide do cérebro. Retarda a progressão da doença em estágios iniciais.
2. Lecanemab (Leqembi)
Aprovado nos EUA, também combate beta-amiloide. Estudos indicam redução do declínio cognitivo em até 27%.
3. Spray nasal anti-tau (TTCM2)
Em desenvolvimento, este spray visa bloquear a proteína tau. Os primeiros testes com humanos são esperados para 2028.
4. Terapias digitais e robôs assistivos
Jogos de estimulação cognitiva, realidade virtual e robôs como o Growmeup, que interagem com idosos e ajudam no cuidado diário.
Como fortalecer a memória com estratégia
Em meus cursos e palestras, ensino que a memória precisa de estimulação e treino. Aqui estão três das principais dicas:
Dica 1: Reinterprete os esquecimentos
Muitas vezes o que chamamos de esquecimento é apenas uma lembrança deslocada no tempo. A memória funcionou, apenas fora de hora.
Dica 2: Comunique-se com o cérebro de forma positiva
Troque “não posso esquecer” por “preciso lembrar”. Isso muda o foco da mente.
Dica 3: Use técnicas de associação
Para lembrar nomes, combine a imagem da pessoa com o som da voz e percorra mentalmente o alfabeto.
Conclusão
Em Portugal, ouvi o relato de uma idosa: “Todos os dias eu acordo, tomo café, sento em frente de casa e espero a noite chegar. Eu não tenho ninguém.”
Esse depoimento me tocou profundamente.
Precisamos cuidar dos nossos idosos hoje, com amor e inteligência. O Alzheimer pode ainda não ter cura, mas já podemos frear sua progressão e preservar a memória.
Vamos dar o exemplo aos nossos filhos sobre como cuidar daqueles que um dia cuidaram de nós.

Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é o Donanemabe (Kisunla)?
É um anticorpo monoclonal aprovado pela Anvisa que atua sobre placas beta-amiloides no cérebro e retarda a progressão do Alzheimer em estágios iniciais.
O Lecanemab é semelhante ao Donanemabe?
Sim. Ambos são anticorpos contra beta-amiloide. O Lecanemab está aprovado nos EUA desde 2023.
Esses medicamentos curam o Alzheimer?
Não. Eles retardam a progressão da doença e melhoram a qualidade de vida.
Quais os efeitos colaterais?
Podem incluir inchaços cerebrais (ARIA), dores de cabeça e reações alérgicas leves.
O que mais posso fazer para prevenir?
Treinar a memória, manter uma vida ativa, estimular a mente, dormir bem e evitar estresse excessivo.
Gostou das dicas? Então aplique agora mesmo. E se quiser ir além, conheça meu curso Memória Blindada e veja como transformar seu cérebro em um aliado confiável no dia a dia.





Respostas de 10
Excelente palavras.
Meu pai está no Estágio inicial e o que está impedindo o avanço desta patologia é a leitura.
As dicas de memorização do vídeo foram ótimas hahaha adorei !
o que mais pode ajudar o meu pai nessa situação ?
Olá Fernanda, que ótimo que ele esteja lendo, sobre a ajuda, tenho um livro chamado Os segredos para ter memória forte e cérebro sempre jovem, seria ótimo ele ler esse livro e outros também.
http://www.humanoeditora.com.br
Abraço
Uau Adorei! Com certeza vai me ajudar muito daqui pra frente e irei refletir bastante sobre esse texto, especialmente sobre esse relato de solidão de uma paciente, Show!
Olá Andre, com certeza é algo para refletirmos, visto que todos envelheceremos.
Abraço
Renato Alves, admiramos sua dedicação e por dividir com todos nós o seu conhecimento, aprendemos muito com você, nosso muito obrigado.
Olá Ademir, obrigado.
Continue acessando os meus canais.
Abraço
acarloscontabil2@gmail.com.
um material de excelência, obrigado por enviar.
Olá Antonio Carlos, obrigado.
Abraço
show de matéria. Muito informativo
Obrigado!!!