O que falar a um amigo, jovem, alegre, vibrante, mas que se encontra enfermo, talvez morrendo acometido por uma grave doença e que avança para um estado terminal?
Dar conselhos?
Fazê-lo lembrar do passado?
Ajudá-lo a imaginar um futuro que homem nenhum é capaz de imaginar?
O que falar para alguém que talvez esteja morrendo?
Às vezes, nestas horas, penso que o não dizer seja mais forte do que dizer alguma coisa.
Talvez um olhar afetuoso, um gesto de carinho, um abraço bem apertado alimentem e preencham mais a alma do que a mente.
É possível que de forma simples possa mostrar que tudo o que ele viveu valeu a pena.
Que embora nunca lhe tenham dito, a sua presença foi sagrada neste mundo.
Que ele foi o fruto do sonho de seus pais e que, sim, também foi muito importante na vida de muitas outras pessoas.
Um abraço demorado talvez esquente as memórias dos momentos felizes e que, apesar da partida precoce, muitas alegrias foram experimentadas e que, olhando bem, o curto tempo de vida foi muito bem aproveitado.
Um olhar intenso pode acender esperanças de uma terra prometida.
O lugar dos campos floridos, morada dos anjos onde, dizem, encontramos pessoas amadas.
Um lugar onde a experiência é tão extraordinária que não deixa saudades desta velha e surrada terra.
Que o olhar também mostre que se aqui o maior milagre é conseguir viver, lá o verdadeiro milagre é nunca mais sofrer, nunca mais morrer.
Que o gesto de adeus na despedida possa indicar que o tempo dele está acabando e que também é chegando o momento de arrumar as malas.
Que em sua bagagem não aja arrependimentos por conquistas materiais não realizadas.
Casa, carro, dinheiro, empresas pertencem a um mundo de pessoas cegas.
Na sala de embarque para o mundo novo entram apenas memórias.
As melhores memórias. Memórias que formamos sem gastar nenhum tostão.
Que um afago o lembre de não se lamentar por absolutamente nada! Nem por pessoas, nem por coisas ou atos.
Que tenha em mente que ele fez o melhor que pode.
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Que ajudou quem pode ajudar. Que, se tratou bem ou mal algumas pessoas, foi por instinto, reação, impulso e isso agora não importa mais.
O momento é de vibrar coisas positivas.
Sim, devemos pedir para que não desista de lutar contra a doença, mas seja lúcido se por acaso sentir as forças se esvaírem.
Que a experiência da morte te surpreenda.
Que o seu encontro com Deus seja como realmente deve ser: indescritível!
Que os anjos não o deixem sentir saudades.
E você tem algum conhecido que talvez esteja morrendo acometido por uma grave doença?
Que tal conforta-lo com esse texto? Deixe seu comentário abaixo, ele pode ser uma palavra oportuna que alguém esteja precisando.
Renato Alves é escritor, pesquisador e primeiro brasileiro a receber o título oficial de melhor memória do Brasil. Autor de um método patenteado de memorização que ganhou reconhecimento nacional e já está presente em mais de 100 países.
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Que texto sensacional, meu amigo! A hora da despedida é sempre a mais difícil, não lido tão bem assim com essas coisas. Obrigado pela contribuição, admiro seu trabalho.